domingo, 27 de fevereiro de 2011

Nunca progredindo, sempre parado preso naquela rotina que não o levava a lugar algum. Sem ambições, sem alegrias, sem um real motivo para viver. O que tinha dentro de si? Culpa, ressentimento e dor. E essa culpa o perseguia aonde quer que fosse porque ele sabia que o único culpado daquilo era ele, e os outros apenas viviam tendo de agüentar a conseqüência de seus atos impensados os atingirem.
   E disso surgia o ressentimento, porque ele sabia que fazia os outros sofrerem, que os machucava tanto quanto a si mesmo, e a dor que todos sentiam era irreparável, como um suicídio; torturante psicologicamente, devastador emocionalmente e doloroso fisicamente. Não tinha para onde fugir, não quando aquilo que mais o maltratava estava sempre com ele em sua mente e coração. Sendo assim atingir aos outros era algo inevitável.
   A dor que sentir e afligia a todos vinha de si, de seu casamento infeliz, do amor bandido e de seu problema. E a junção de tudo isso em seu íntimo o levava a loucura, porque lá estava ele vindo o destruir, nós despedaçar novamente. Sentia-se um idiota e isso o fazia cair tão depressa e foi assim que tudo terminou.
   Casou-se jovem, atingiu a fama ainda novo e morreu igualmente imaturo.

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